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17/09/2015

Comece agora: planeje as compras e gastos para chegar a 2016 sem dívidas

Um dos fatores primordiais para os gastos subirem estão nas aquisições por impulso
Os dias passam em um piscar de olhos e, quando você menos esperar, as festas de fim de ano e o início de 2016 estarão por aí. Nesse processo, todo mundo quer guardar boas lembranças, mas não as dívidas dos 365 dias que acabaram, não é? Fazer um planejamento financeiro é sempre a melhor opção para que isso não aconteça. E, apesar de já ser setembro, ainda dá tempo de deixar a situação econômica no azul.
Janeiro é sempre mês complicado para os brasileiros. É preciso pagar impostos, como o IPVA e IPTU, além de matrículas, materiais e uniformes escolares. Ou seja, não dá para marcar bobeira e gastar as economias e o 13º salário de forma desenfreada.
ASPECTO CULTURAL
De acordo com especialistas, começar o ano endividado já faz parte da cultura brasileira, uma amostra da falta que a educação financeira faz. “Essa situação é recorrente porque, apesar de notarem as dificuldades provocadas pela falta de planejamento, poucas pessoas reservam uma parte do próprio tempo para colocar o orçamento em pauta e traçar objetivos diferentes para o ano que está chegando”, esclarece uma consultora financeira.
Além disso, o clima festivo e as ações de marketing dos estabelecimentos comerciais contribuem bastante para que funcione o fator "eu mereço", culminado pelo impulso. “As lojas e o comércio têm estratégias que provocam os gastos. São as opções de parcelamento que nos esquecemos de contabilizar os juros. Aquelas histórias de a peça ser a última do estoque, e você não quer perder”, afirma a jornalista Carolina Sandler.
Segundo uma pesquisa realizada Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), três em cada 10 consumidores admitem que, eventualmente, adquirem produtos mesmo que não estejam podendo gastar aquela grana.
“Isso mostra que as pessoas se deixam levar pelos desejos momentâneos. Com um controle financeiro em mãos, as pessoas não deixarão de comprar, mas com certeza comprarão estabelecendo mais critérios e sempre se perguntando: eu quero ou preciso? Eu posso comprar agora? Devo comprar à vista ou parcelado?”, analisa um consultor financeiro.
O DESTINO DO 13º
O recebimento do 13º salário também acaba resultando em gastos mal realizados. “Ele deve ser visto como um grande aliado no equilíbrio das contas do ano vigente ou como uma reserva de emergência para o seguinte. Jamais como um saldo extra para fazer compras de final de ano”, aconselha uma consultora.
Portanto, se agora em setembro você já está com dívidas para saldar, reserve parte desta quantia. “O ideal é separar 65% para quitar ou amortizar esses débitos. Já os 35% restantes, reserve para as festas. Se não tiver pendências financeiras, o objetivo deve ser continuar no azul e usar 50% no Natal e Réveillon, 40% para as despesas do início do ano e 10% para guardar na poupança”, sugere um economista.
PLANEJANDO
A partir do momento que você e sua família já têm ideia do quanto vão poder gastar nas festas de fim de ano, o próximo passo é se planejar e não deixar que a procrastinação vença. “Somos vítimas dela, tanto nas dietas quanto no dinheiro. Vamos deixando sempre para depois e planejamos o presente em detrimento do futuro”, analisa uma consultora.
A primeira atitude é não deixar para comprar os presentes lá pelo dia 21 de dezembro. Já faça uma lista de quem você gostaria de presentear e comece a pesquisar os preços de cada de item. Assim que achar a melhor oportunidade, já garanta a lembrança. Com tempo, também é possível fazer você mesma o mimo a ser dado. “nem sempre o melhor presente é o mais caro”, conta a jornalista.
As compras do Papai Noel para os seus filhos também precisam planejamento. As crianças costumam ser volúveis. Em uma semana elas pedem um carrinho, na outra é uma bicicleta e por aí vai. Uma boa estratégia é pedir pra elas façam a lista ao longo do tempo e, depois, você pode escolher qual faz mais sentido para realidade da família.

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